domingo, 30 de dezembro de 2012

Um dos grandes ícones da década de 20, o restaurante Alfredo de Roma,  aderiu a onda de franquias pelo mundo e Curitiba inaugurou o Alfredo's Gallery Alla Scrofa Roma.


O Alfredo's Gallery é a versão contemporânea do centenário restaurante Alfredo Alla Scrofa - inaugurado em 1907, na Via Alla Scrofa, no coração de Roma, criador do Fettuccine all'Alfredo.

 
  Quando os proprietários do restaurante Alfredo Alla Scrofa decidiram pela expansão da grife gastronômica, optaram por realizá-la dentro de um conceito moderno. Neste sentido, a palavra 'Gallery' foi acrescentada ao nome original, para fazer essa referência de contemporaneidade e também para ressaltar um dos atrativos do restaurante, que é a galeria de fotos das celebridades que frequentam ou frequentaram o restaurante.
 
 
 
 
O fettuccine all' Alfredo é  reconhecido como uma obra-prima da cozinha italiano é o prato carro-chefe do restaurante, tanto pelo sabor como pela história de amor por trás do prato, criado no Alfredo Alla Scrofa.
 
                                      


A base deste fettuccine é manteiga e queijo parmegiano reggiano, ele é cremoso, untuoso e combina divinamente bem com vinho branco no verão, podendo até ser acomanhado por um barbera no inverno. Como estamos em janeiro e hoje está muito quente, para acompanhar o prato, escolhi o vinho Corte Giara Soave, 2011 produzido pela italiana Allegrini, na região do Veneto e feito das uvas garganega e chardonnay,  sendo a maioria de garganega. Sua cor é dourada e brilhante, um vinho com um toque bem mineral, notas de flores brancas, melão, pessego e abacaxi e mel. Na boca é sedoso, bom corpo e acidez e um final muito agradável de bala de mel.
 
 
 
                                                 
                                                   
No cardápio do Alfredo os pratos são divididos em três classificações: tradicionais, gourmands e da estação. Aos tradicionais não cabe explicação, são aqueles mesmos que consagram a gastronomia italiana de todos os tempos e onde se encaixa, é claro, o Fettucine Alfredo. Nos gourmands a oportunidade de o chef criar em cima de sabores, ingredientes e temperos, enquanto os da estação (para começar, estivo, verão em italiano) permitem a adaptação aos ingredientes e ao clima de momento

 
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Alfredo’s Gallery Alla Scrofa – RomaRua Silveira Peixoto, 765 – Água Verde
Fone: (41) 3042-4212

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Carlos Magno e a Rainha Chardonnay (1 de 2)


Bruxelas - Rue des Bouchers,
A maioria dos enófilos prefere tinto a branco. Ainda hoje se ouve, aqui e ali, o preconceito de que "brancos são vinhos menores". A maioria dos tintos revela mais complexidade, enquanto os brancos são reconhecidos pela acidez e frescor. Tudo tem sua hora e vez; por exemplo, não me imagino desarrolhando um pesado malbec no Réveillon na praia! Entre as castas brancas reina soberana uma rainha: Chardonnay, e diz a lenda que ela foi escolhida pelo imperador Carlos Magno (742-814).
Para começar ela raramente decepciona no momento do plantio. Adapta-se aos solos calcários e arenosos, aceita climas quentes e frios, suporta bem o vento da Austrália, a chuva da Serra Gaúcha e a aridez de Mendoza, ou seja, ela não tem frescura... a não ser na boca. Na sua região de origem, a Borgonha, vai bem ao norte em Chablis, como ao sul em Macon (Pouilly Fuissé) como no meio (Coté D'Or). É fácil de cultivar e amadurece cedo, o que reduz o risco de perdas (chuva, vento e granizo) quando se aproxima a colheita.
Também se destaca no quesito versatilidade. Pode ser deixada ao Deus dará, ou sofrer intervenção humana. No primeiro caso produzirá vinhos alegres, minerais, à maçã e pera, para beber descontraidamente; no segundo, com a concentração no pé (poda verde), fermentação malolática e descanso em barris de carvalho, puxará para manteiga, abacaxi e pêssego, preenchendo a boca e puxando por notas fumadas amadurecidas no carvalho. Esses "reservas" podem alcançar complexidade superior a certos tintos, como o Gaya y Rey, de Angelo Gaia do Piemonte, Cervaro Della Salla, de Antinori, um Bramare argentino, de Paul Hobbs, que o amigo Toninho ofereceu no Nectarine em Buenos Aires, momentos especiais. O melhor da Chardonnay está no equilíbrio, o meio termo entre frescor e firmeza, pureza e intensidade, leveza demais e baunilha de menos. Esses são os vinhos que tenho procurado recentemente, como os excelentes Pulenta e Catena argentinos ou o Villa Francioni nacional.
Depois da lua de mel, MH e eu passamos 15 anos fabricando filhos, pagando BNH, comprando terreno e construindo casa, sem dinheiro para viajar à Europa. Lá por 1990 chegou a vez. A Vasp quebrou o monopólio da Varig inaugurando um voo mais barato, com novos MD-11 para Bruxelas. Tantos anos depois o choque de civilização começou justamente em Brugges, aquele encanto na Bélgica. Rodamos pela Alemanha, França e norte da Itália até voltarmos a Bruxelas, com dólares no bolso. Não se usava cartão de crédito. Na última noite escolhemos o que nos pareceu o mais simpático dentre as dezenas de restaurantes da Rue de Bouchers (rua dos açougueiros), com barracas expondo os frutos do mar à porta, mas sem as mesas de fora, porque era janeiro, o auge do inverno. Aliás, grande sensação aquele frio seco, eu advogado a viajar nas férias forenses.
Embora viagem econômica, Maria Helena e eu buscando  hotéis três estrelas que, porém, em 1990 tinham padrão superior aos quatro estrelas nacionais, na última noite da viagem constatamos que "sobraram" dólares. Puxei a carta de vinhos e pedi Corton Charlemagne Grand Cru Louis Latour por qualquer coisa em torno de US$ 300, muito acima do padrão da viagem! Mas como lembra o agente 007 que fez 50 anos, "you only live twice" (apenas se vive duas vezes), uma brincadeira em relação ao determinismo de que "a vida é uma só". Aquele Corton Carlos Maior foi pura emoção, algo superior a qualquer coisa semelhante que havia tomado, como dito um choque de civilização.
Resta saber o que o rei dos francos Carlos Magno, há 1.200 anos sepultado na magnífica capela octavada de Aachen (Aix-la-Chapelle), tem a ver com os grandes brancos que perpetuaram o seu nome na Borgonha. Vamos voltar ao tempo da derrocada do Império Romano, das invasões bárbaras, e talvez reencontrar as Walkírias sobrevoando os campos de batalha em cavalos voadores, para recolher os soldados mortos e levá-los ao paraíso.
Até porque no inferno não servem chardonnay.


Por: Carlos Celso Orcesi da Costa

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A importância das taças ao beber vinho

Descubra as influências das taças na degustação dos vinhos


Quando falamos de vinhos é imprescindível falar de taças, é isso mesmo! Você sabia que as taças são muito importantes na degustação de vinhos? Bebê-lo num recipiente grosseiro de vidro e sem os requisitos necessários seria um grande desperdício. Pense num concerto de música: se um dos instrumentos estiver desafinado, a música inteira será desafinada, pois elas têm uma grande influência no sabor final e são responsáveis pela liberação dos aromas, parte fundamental numa degustação.

Alguns cuidados muito simples podem fazer uma grande diferença no resultado final e aumentar muito o prazer da experiência. Para começar certifique-se de que o vinho esteja na temperatura ideal, e em seguida concentre-se nas taças que devem ser transparentes e possibilitar a visão do vinho em seu interior, afinal a degustação começa pela análise visual. Outra coisa importante: deve ter uma haste longa por onde será segurada. Procure materiais finos como o cristal, que tem um toque delicado ao contato com os lábios, para valorizar ainda mais seu prazer. Mais um detalhe, nunca encha a taça, o ideal é servir um terço com a bebida, assim pode-se girar a taça com mais segurança e sentir melhor os aromas que serão liberados.

Cada tipo de vinho demanda um tipo de taça, mais bojuda ou menos, boca mais aberta ou um pouco mais afunilada. Estes detalhes colaboram e melhoram em muito nossa experiência sensorial, tanto na liberação de aromas quanto também em relação ao modo como elas ajudam o vinho a cair em nossa cavidade bucal, valorizando e ampliando todas as sensações.
As grandes empresas produtoras de taças criam linhas para cada tipo de vinho, como por exemplo: para Bordeaux, Bourgogne, Champagne (chama-se Flûte) e tem um formato alongado e fino que ajuda a preservar o gás carbônico do espumante e o perlage (bolinhas) por mais tempo. Eu sei parece confuso demais, mas acredite até mesmo os experts se confundem ás vezes. 

Para as degustações profissionais, foi desenvolvido um modelo especial a Taça ISO (Internacional Standard Organization) ou INAO (Institut National des Appelations d’Origine), ela é uma espécie de curinga e serve para todos os tipos de vinho, muito utilizada em concursos e em eventos quando estão buscando manter uma referência entre os mais diversos tipos.
Nos anos 50, um produtor de cristais, o austríaco Claus Josef Riedel,  depois de muitas experiências comprovou que o tamanho, material e formato das taças tinham uma influência significativa na percepção das qualidades sensoriais do vinho e tornou-se uma grande referência mundial. Algumas das taças que sua empresa produz chegam a custar R$ 300,00 cada. Depois dele, empresas como a Spiegelau e Strauss, entre outras, também começaram a produzir produtos com tecnologia específica para melhorar as degustações.

Não perca mais tempo e escolha a sua taça.

 Cheers!



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A loja de vinhos virou bistrô



Mesas entre prateleiras no bistrô: vinhos a preço de importadora.
    E curso em setembro, para iniciantes./Fotos: Tadeu Brunelli/Divulgação



A casa surgiu como uma importadora de vinhos, passou a servir comidinhas, para acompanhar a degustação das garrafas abertas ali. O nome era Le Tire-Bouchon. Este ano, tudo mudou. Agora se chama La Régalade Bistrô e Empório e  serve almoço e jantar de altíssima qualidade a preços justos.

O responsável pela cozinha é Lindomar Bezerra, que iniciou a carreira como ajudante no La Cocagne, passando depois pelo Cantaloup e Le Poème Bistrô. O cardápio mistura receitas das culinárias francesa, italiana e brasileira.

Para começar, escolha a entrada: quiche de alho-poró com salada verde (R$ 19); polvo grelhado servido com panzanella (pão, tomate e anchova) e feijão branco (R$ 34); e, entre outras, gateau de abobrinha (R$ 22) – lâminas de abobrinha com queijo brie, azeite de ervas e salada verde.
No prato principal, pode ir bem confit de canard (R$ 58), sobrecoxa de pato cozido na sua gordura, com ragu de feijão branco, linguiça curada     e ervilha torta, ou guisado de coelho (R$ 42), no qual o coelho é marinado ao vinho branco por 24h depois guisado nos legumes, servido com purê de batata.

No menu infantil há cubos de frango grelhado com spaghetti alho e óleo (R$ 25) e estrogonofe (R$ 32), entre outros.

Para sobremesa, as crianças (os adultos também) vão adorar o brigadeiro de colher (R$ 9). Há ainda creme brulê de doce de leite (R$ 19); petit gateau de limão siciliano (R$ 22); sorvetes La Basque de 140 ml (R$ 7) e café gourmet (R$ 24), com café expresso Santa Mônica e três mini sobremesas.

Todos os sábados é servido o cassoulet, a feijoada francesa, que leva feijão branco, pato, cordeiro, costelinha defumada, acompanhada de salada verde e arroz. Custa R$ 58 por pessoa. Executivo a R$ 34.

Quem mora ou trabalha na região de Santa Cecília pode aproveitar o menu executivo, servido na hora do almoço (das 12h às 15h) de terça a sexta. Custa R$ 34 por pessoa e inclui entrada, prato principal e sobremesa. Todos os dias, ao longo de cinco semanas, há opções diferentes, incluindo um prato de carne e outro de peixe. Um dia você come cuscuz marroquino com  salada verde na entrada, escalope de filé mignon com purê de mandioquinha e creme brulê de sobremesa. No outro, Saint Pierre para principal e abacaxi.

No salão com 80 lugares, as mesas são civilizadamente distantes umas das outras, para preservar a privacidade dos comensais. Há Wi-fi gratuito. E o clima é de bistrô francês, tanto que permite, como na França, a entrada de cães e gatos. E nada de fumaça na comida, pois não possui área para fumantes.

Vinhos

A cultura do vinho é preciosa ali, já que a proprietária, Nina Bastos, há 30 anos se dedica ao assunto. As garrafas são vendidas, para consumo à mesa, pelo preço da loja, igual ao da importadora. Você pode pedir opinião aos someliês ou escolher na na prateleira. Até o fim deste mês, pais e filhos que jantarem juntos no La Regalade ganham 50% de desconto na garrafa de 750 ml. Se você preferir levar seu próprio vinho, a rolha sai por R$ 30.

Em setembro a casa sedia um curso sobre vinhos em três módulos, ministrado  aos sábados. Custará R$ 380. "É destinado a quem quer aprender melhor como degustar um bom vinho, da importância da geografia às boas harmonizações", explica Nina.

La Regalade. Rua Barão de Tatuí, 285. Santa Cecília. Tel.: 3660-4510. www.laregalade.com.br


Texto: Diário do Comércio

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Degustação da Revista Prazeres da Mesa

Na quinta-feira, dia 8 de novembro, Daniella Romano e o Grupo Ver o Vinho participaram da degustação da Revista Prazeres da Mesa, no Senac Santo Amaro. A degustação  foi sobre a África do Sul e seus vinhos e orientação foi do especialista Carlos Cabral, do Pão de Açúcar.

Vejam como foi a degustação:






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Saiba mais sobre as rolhas


                                                        Site: consumo com atitude

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Do sul da França, caráter


Google Imagens


Durante muito tempo, o sul da França ficou conhecido por seu Vin de Pays d'Oc, vinho de denominação regional, confiável e prazeroso, mesmo sendo simples.

A região é um verdadeiro Eldorado vinícola. No Rhône meridional há várias AOC (Appellation d'Origine Controlée), onde encontramos brancos e tintos de caráter jovem e fresco de vinhedos mais altos, como Côtes du Luberon, Côtes du Ventoux e Côteaux du Tricastin.

Na zona do Languedoc, solos xistosos se entremeiam com calcários e arenitos, dando uma paleta incrível de "terroirs" - alguns costeiros e calorosos, alguns sobre as montanhas, mais frescos. Todas as uvas mediterrâneas são usadas (mourvèdre, syrah, grenache e carignan, entre outras), mas a porcentagem de syrah aumenta.

Languedoc produz tintos firmes e produtores independentes se aglomeram na região. Em Faugères, sobre puro xisto, há vinhos firmes, densos e terrosos.

Os vinhos das AOC St-Chinian, dos xistos, ao norte, é exuberantemente frutado, mais denso e longevo nos vinhedos da faixa calcária ao sul.

Em Minervois o arenito domina, e seus vinhos são cada vez mais sérios. Corbières tem vários microclimas e grande potencial para vinhos ricos, carregados de calor e apimentados.
A AOC Fitou, a mais antiga, de 1948, é beneficiada pelas expressões da uva grenache na parte mais montanhosa e da syrah com mourvèdre no lado marítimo.

Os vinhos são para quem tem um espírito Indiana Jones. A recompensa é enorme. São cheios de calor, aromas de ervas, toques vermutados e costumam ter ótimos preços.
J.L Colombo La Violette Viogner (Vin de Pays d'Oc)
Aroma de erva-doce e mel. Boa estrutura, mas simples

Vignerons du Mont Ventoux 2010 (Côtes du Ventoux)
Aroma de toffee e fruta cozida. Taninos firmes, mas leve, bom para comida

Ch. Du Donjon G.Tradition 2010 (Minervois)
Perfumadíssimo. Licor de jaboticaba e incenso. Frutado, rico, final lembra café

Domaine du Ministre 2006 (St.Chinian)
Ameixa preta, tabaco, flor, anis. Bem encorpado, vigoroso

Por Alexandra Corvo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Côt ou Malbec?


Malbec


Nenhum dos dois...ou os dois. Tanto faz, são dois nomes da mesma uva. Quando pergunto para meus alunos aqui na escola de onde vem a malbec eles não hesitam: Argentina.
Mas a história é bem outra.

A uva tem origem no sudoeste da França. Até a crise da filoxera (pulgão que dizimou vinhedos no mundo todo no final do século 19) chegar na região de Bordeaux, a malbec representava maior parte do vinhedo plantado.
Com o replantio, adaptou-se mal aos porta-enxertos da época e foi substituída na liderança pela Merlot.

Hoje, na França, aparece em corte em várias denominações do sudoeste, mas sua expressão mais interessante é em Cahors, onde seu uso é obrigatório em 70% dos vinhos.
Ali também é conhecida como auxerrois.

É capaz de gerar aromas de pimenta-do-reino, couro, frutas pretas e, nos melhores casos, flores secas. Em boca, são vinhos muito densos com uma estrutura de taninos mais marcados e firmes.

Bem diferente de sua terra de adoção contemporânea, a Argentina.
Aqui, no país vizinho, os vinhos feitos com a malbec são muito exuberantes, com notas de frutas vermelhas em geleia, violeta e notas achocolatadas. Costumam ter bom corpo, mas com taninos menos evidentes. São vinhos mais cremosos.

O que explica a identificação da malbec com a Argentina é que seu nome aparece no rótulo, evidenciando-a como principal elemento de sabor. Na França isso é incomum.
A filosofia é que a origem do vinho é que lhe dá o caráter e não apenas a uva. Diz-se: você não está tomando um malbec, está tomando um Cahors.

Vale a pena prová-los comparando para ver como a uva não é tão determinante, já que muda radicalmente quando se muda de ambiente. Nenhum é melhor. São apenas diferentes.
Luigi Bosca DOC Malbec 2009
Geleia de jaboticaba e chocolate. Boca cheia, ampla e macia

Château Pineraie 2008
Notas de vermute, folhas secas. Bem tânico e perfumado

Caitec Malbec 2009
Simples, com notas de cereja, fácil e refrescante

Por Alexandra Corvo

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Circunflexo Invertido


Vinho é geografia. Não que se precise saber as capitais, os pontos cardeais e o índice demográfico dos países, como era a decoreba escolar. Mas, em caso de pânico, basta abrir o mapa e muitas respostas estarão lá. Usei o método quando fui provar os vinhos da Eslovênia (e da Croácia, que estarão na próxima coluna). Pensei: o carvalho esloveno tem sido bem elogiado e utilizado no mundo. Inúmeros produtores estão trocando os tonéis de carvalho americano pelo esloveno. E ponto.

Divulgação
Sauvignon Blanc, Rebula e Pinot Noir

Acabava nessa frase minha sabedoria sobre a região. Abri o mapa: bingo! Eis o país encostado nos Alpes, fazendo fronteira com Itália e Áustria, dividindo climas com parte da planície da Panônia e sob influência do gigantesco espelho d’água que é o Lago Neusiedler, onde fica o Burgenland (de onde saem bons tintos e os espetaculares botritizados austríacos, como os do Weingut Kracher). No caso dos vinhos provados, da região de Goriska Brda, as brisas mornas do Adriático e o estilo friulano, vizinho, são decisivos.
Também é importante para sua climatologia a faixa de fronteira que compartilha com a Styria, a chamada Toscana da Áustria. A Styria é famosa pelos Sauvignons Blancs elegantes, minerais e sóbrios (e pelo uso de madeira nesses vinhos, coisas do vinhateiro doidão Manfred Tement). Ou seja, nada de erudição estéril: a leitura do atlas diz o que esperar dos vinhos. Tudo resolvido via mapa. O Atlas Mundial do Vinho é o GPS do bebedor interessado.
Os três únicos produtos eslovenos disponíveis no Brasil até agora são da Simcic (tem um acento circunflexo invertido sobre os "cês" que não consegui reproduzir), o que limita a avaliação dos vinhos eslovenos ao extremo sudoeste do país. Mas a promessa é boa. E qual o Simcic de que mais gostei? Justamente um Sauvignon que passa por carvalho (tonéis de 500 litros).

* * * * Sauvignon Blanc Selekcija 2008
Simcic
Contido e sério no nariz, tem aroma verdoso e um pouco de sílex. Na boca é equilibrado, ótimo corpo, denso, elegante e surpreendente na sua mineralidade


* * * Pinot Noir 2008
Simcic
Tem tipicidade da casta, é delicado, mas com taninos um pouco marcados. Acidez perfeita. Muito fino

* * * Rebula 2009
Simcic
Nariz picante e muito cítrico, de grapefruit, casca seca. Boca muito fresca, ótima acidez, abre a sede

Por Luiz Horta




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Espumantes Ingleses? Que novidade!

Em plena Vinitaly, um convite tentador: uma degustação comparativa entre espumantes italianos e... ingleses! Essa não dá para perder, então adio algumas visitas e vamos lá.


A degustação foi preparada pela jornalista Italiana Michèle Shah, escritora, promotora de eventos e colunista em revistas internacionais, especializada no vinho italiano.
Michèle pesquisou a região e os produtos e criou essa oportunidade única, uma das degustações programadas da Vinitaly, que motivou uma grande platéia onde ninguém havia degustado os espumantes ingleses antes.

SOBRE A REGIÃO
No passado já se tentou fazer vinho na Inglaterra, os romanos ali implantaram vinhedos há 2000 anos! A região é bem ao sul da ilha, e seu clima frio e chuvoso se mostrou obviamente inadequado.
Com as mudanças recentes de temperatura, o sul da Inglaterra mostra hoje similaridades com o norte da França, e se iniciou uma produção local de espumantes, que hoje já se mostra amadurecida, mas tem muito caminho pela frente até concorrer com os espumantes e de países com tradição nessa fascinante bebida.

A PRODUÇÃO
Atualmente (2012) existem 1.800 hectares de vinhedos, cultivados com as variedades Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. A produção atual é de 3 milhões de garrafas, devendo chegar a 5 milhões em 2015. O maior consumo é do mercado inglês, com principais importadores na Escandinávia e Oriente.

A DEGUSTAÇÃO
Foram degustados ao todo 12 espumantes, 3 italianos do Trento, 3 italianos de Franciacorta (Lombardia) e 6 ingleses.
Villa Crespia Franciacorta Numero Zero – Fratelli Muratori
Cremoso, mineral, seco, longo e envolvente, com frutas maduras e notas de pedra morena.
Glasbond Estate Blanc des Blancs 2007 Chardonnay
Em sua segunda safra de produção, é quase dourado, mostra maçã madura e desidratada, leveduras frescas e saborosas, final frutado gordo muito bom. A acidez é alta (8,3) o que explica a dosagem mais alta para equilibrar, mas o resultado é um pouquinho enjoativo, ficando ainda um final sápido.
Ferrari Trento DOC
Aroma maduro, gordo, de frutas e leveduras. Boca enxuta, com fruta quase passada, leve nota mineral (das montanhas). Final longo e saboroso com médio frescor. Complexo, fresco e convidativo. Devido ao aquecimento, a vinícola está plantando novos vinhedos em locais mais altos para manter as características do terroir.
Guido Berlucchi Franciacorta Cellarius Pas dosé 2006
Frutas carnudas (pêssego, damasco), frescor equilibrado, média complexidade, notas picantes, evolução muito fina, longo e agradável.
Chapel Down Pinot Noir / Chardonnay 2006
Aroma elegante de frutas brancas e notas florais. Acidez média, base de leveduras, sabor evoluído com frutas passadas e nota salina, final com leve toque picante de pimenta branca. Acidez alta (8,5) e dosagem potente (12g). Um pouco pesado e enjoativo na conjunção fruta passada / dosagem.
Denbee Estate English Sparkling Brut 2007
Pinot Noir 50%, Chardonnay 35%, Pinot Meunier 15%
Aroma de leveduras tostadas e notas vegetais. Evolui fresco, com notas vegetais, tostados, leve amargor. Muito dosado (13 g), para equilibrar os sabores vegetais provavelmente devidos a maturação incompleta das uvas. A vinícola está trabalhando em melhorias nos vinhedos.
Balfour Brut Rosé 2008
Cor rosa-castanho leve. Aroma estranho de queijo gorgonzola, provavelmente de fermentação malolática ocorrida após engarrafado, fruto de inexperiência. Muito ácido, é gordo, com boa estrutura, evolui com amargor e frutas vermelhas desidratadas.
Bridge View Pinot Noir / Pinot Meunier
Aroma de leveduras maduras. Boca potente, estrutura de uvas tintas, acidez volumosa. Frutas dominantes, sutil levedura, final com leve amargor, pode cansar. O estilo sugere prensagem excessiva das uvas.
Maso Martis 2006 - Trento – Pinot Noir 70% Chardonnay 30%
Boa safra. Pinot Noir sem malolática, Chardonnay fermentado e maturado em barrica (6 meses), com malolática. Elegante, macio, amplo e generoso, frutas intensas, leveduras elegantes, final cremoso e envolvente. Muito bom.
Balny Cuvée Rosé 2009 Pinot Noir
Aroma fino e elegante. Na boca é equilibrado, com acidez gorda, jovial e fresco, algo dosado (10 g/l). Final com leve amargor, elegante. Bem bom.
Altemasi Riserva Agrate 2004 – Trento – Chardonnay 70% Pinot Noir 30%
60 meses de autólise. O ataque é fresco, evolui com levedura bonita e frutas brancas maduras e pão branco. Nota mineral, corpo gordo, final longo de fruta com amargor e leve sapidez.
Cà del Bosco Franciacorta 2004 – Chardonnay 55% Pinot Bianco 25% Pinot Noir 20%
Fruta ampla, boa acidez, nota mineral. Evolui bonito, muito gastronômico, final de fruta branca sólida com pedra mineral

CONCLUSÕES
Os espumantes italianos, como esperado, mostraram maturidade, qualidade e finesse.
Os espumantes ingleses, devido ao recente início de produção, apresentam diversas inconsistências e desequilíbrios, além de alguns problemas.
A maioria mostra níveis altos de dosagem (teor de açúcar resultante do licor de expedição), usado para equilibrar a acidez elevada produzida pelas uvas (característica do terroir), o que aponta para ajustes no manejo dos vinhedos. A presença de notas de imaturidade nas uvas revela a dificuldade de completar a maturação fenólica das cascas, o que é um problema grave de comportamento do clima local. Surgem ainda notas salinas, típicas dos vinhedos próximos ao litoral, detalhe que deverá ser equacionado, por ser imutável.
Como disse a Baronesa Philipinne de Rothschild sobre a vinicultura, “Wine making is really quite a simple business. Only the first 200 years are difficult.”

CARLOS ARRUDA- academia do vinho

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Nova Zelândia se inspira na França para produzir ótimos vinhos


A uva Pinot Noir é, entre as tintas, o ícone da Nova Zelândia. Variedade caprichosa que raramente se adapta muito bem a outras regiões fora da Europa, especialmente da Borgonha, seu terroir de origem, encontrou no país da Oceania clima e solo perfeitos. A vinícola Schubert, instalada em Martinborough, no Sul da Ilha Norte, e a menor das áreas vinícolas neozelandesas, é uma marca em ascensão e tem três rótulos diferentes produzidos com esta casta (entre R$ 128 e R$ 248). Na hora de escolher as videiras para povoar os seus campos, plantados a partir do final dos anos 1990, Kai Schubert, dono da empresa, foi meticuloso: escolheu um clone de Pommard e outro de Dijon, duas áreas distintas da Borgonha, que produzem vinhos igualmente diferentes, ainda que com a mesma uva. 

— O clone de Dijon tem mais músculos e taninos. É masculino. Enquanto o de Pommard apresenta mais fruta, frescor e elegância. É mais delicado e feminino — diz Kai. 

Não falta personalidade aos vinhos da Nova Zelândia. Neste caso, e em muitos outros, o caráter é nítida e assumidamente francês. Importados pela World Wine (2422-4614), que acaba de inaugurar um quiosque no Fashion Mall, os rótulos dessa vinícola são inspirados em certas regiões francesas. O Sauvignon Blanc (R$ 108), por exemplo, segue a linhagem do Loire, enquanto o monumental Syrah (R$ 248) tem a concentração, a força, a delicadeza e a explosão de frutas que caracterizam os melhores vinhos do Rhône Norte. 

— A brisa do oceano refresca os vinhedos, que assim ganham grande expressão de aromas, ao mesmo tempo em que preservam a boa acidez, enquanto o clima seco do verão, com dias quentes e noites frias, favorece o amadurecimento, com características climáticas próximas da Europa — explica Kai. — Isso numa área relativamente pequena, com diferentes topografias, o que permite diversos microclimas, e naturalmente vinhos diferentes. 

A França é quase sempre fonte de inspiração para os enólogos. Outro nome de destaque da enologia neozelandesa, a Craggy Range, da Decanter (www.decanter.com.br), acaba de firmar uma parceria com a Compagnie Vinicole Baron Edmond de Rothschild, uma das mais famosas da França. O flerte com o país já acontece há tempos. Entre os vinhos, há um Chardonnay no estilo Mersault e outro inspirado em Chablis. E os Pinot Noir também se espelham na Borgonha, em suas várias vertentes, enquanto há cortes que parecem Bordeaux e rótulos de Syrah com a cara do Rhône Norte.

Por BRUNO AGOSTINI




Promoção da Semana


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

WINE, DIAMONDS AND LIPSTICK




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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Aprendendo a comprar vinhos: internet?

Garrafas virtuais na nova Loja Mistral JK



Já comparei nesta coluna as vantagens e desvantagens de comprar vinhos em supermercado ou loja especializada. Supermercados têm grande poder de compra: imaginem um Pão de Açúcar, Mufatto no Paraná ou Angeloni em Santa Catarina. Porém, se o mundo do vinho é oceano, a oferta dos supermercados médios é lagoa. Em geral concentram 50 rótulos básicos, dos portugueses de marca às santas argentinas e santos chilenos, sem esquecer o quinhãozinho do Diabo na casinha. Acontece que os supermercados sabem quais são os rótulos mais vendidos e agregam uma razoável mais valia em cima dos "vinhos que todos compram" (Chianti, Periquita, Dão, Malbec e qualquer coisa com Cabernet Sauvignon). Apenas quem tem dinheiro sobrando compra vinho em supermercado. Ou então fica atento a alguma liquidação depois que "ninguém comprou" a novidade.

Afora o preço alto, o supermercado é 
emburrecedor. O consumidor não tem qualquer orientação, e então se acovarda na hora da escolha, repete o vinho que já provou, algum merlot nacional ou malbec argentino com a semelhança de que começam com "m". Embora existam milhares de rótulos e uvas a conhecer, o cidadão repete chardoné com peixe, merlô com frango e cabernê com carne. Aliás, sai de férias sempre para o mesmo lugar, Gramado ou Porto de Galinhas com medo de sair da concha. Nada contra quem se sente bem no mesmo lugar, mas a vida é tão curta e com certeza há lugares e vinhos maravilhosos a descobrir. Tenha consciência de sua vida nos mínimos detalhes; conduza não seja conduzido!
Por sua vez, a compra em loja especializada oferece vantagens e riscos. Nelas o consumidor pode contar com a orientação do vendedor, mas o risco é ser influenciado. A recomendação básica é não ultrapassar a faixa de preço que pretende gastar. Deixe claro o seu limite e desconsidere a tentação daquele "francês em oferta". Mais ou menos como no restaurante sob a influência do someliê, fique esperto para não gastar mais do que o previsto. Atenção para a inversão dos papéis: não seja você consumidor a querer agradar o vendedor! Receba orientação mas não se deixe intimidar. Use-o; não seja usado. Saiba que ele é mais ágil do que você em termos de "negociação". Uma boa dica é fixar desde logo a zona de barganha; se você pretende gastar na faixa de R$ 40 diga logo que procura algo em  torno de R$ 30, para no máximo aceitar R$ 50 em caso de alguma "oferta imperdível".

E por fim a sugestão: 
utilize a ferramenta da internet. Hoje, todas as boas importadoras – em ordem alfabética Cellar, Decanter, Expand, Grand Cru, Mistral, World Wine, Vinci, Vinea, Ville Du Vin, Zahil – têm páginas com direcionamento de países, regiões e faixas de preço, de modo que fica fácil pesquisar na rede alguma novidade ou até  ofertas do dia, algo que fique confortável em seu bolso, até porque – convenhamos – Abílio Diniz já é suficientemente rico. A enorme vantagem da web reside na possibilidade de pensar com calma. Na web você tem "informação" e "tempo". Ninguém estará te pressionando para comprar.

Ressalvados alguns sites que não revelam o preço (p. ex. Adega Alentejana) e por isso 
afastam o interesse do consumidor, na internet é possível comparar preços e escolher com base nas informações que trazem, por exemplo país, região, tipo de uva, graduação alcoólica, estágio ou não em barrica, seleção de uvas, harmonização com comida, eventual pontuação de revistas especializadas etc. Há também lojas não importadoras que oferecem bons preços, algumas vezes inferiores aos do atacado, por exemplo o Rei do Whisky.

O que você está esperando? Acesse a rede, selecione desta ou daquela página o que lhe parece melhor, compare com outros sites, 
sem a desvantagem de fechar negócio sob pressão. Navegue na web sem derrapar na maionese das máquinas de espremer consumidores como os Walmart e Carrefour da vida.

Por Diário do Comércio

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

As Uvas: Primitivo e Aglianico


Na época romana, a região sul da Itália, que hoje compreende as províncias da Campânia, Basilicata e Puglia, era a responsável por fornecer os vinhos de maior qualidade do Império. Mas a história da vinicultura da região começa um pouco antes. Remonta ao período em que a região era colônia grega.

Esse domínio influenciou de forma decisiva a forma de produzir vinhos na região. As castas mais cultivadas até hoje são provenientes da Grécia.



Características


A Primitivo é uma casta tinta de origem incerta. Alguns especialistas alegam que ela é uma variante da casta Plavac Mali originária da Croácia. Outros dizem que é a mesma casta encontrada na Califórnia com o nome Zinfandel.

O certo é que a Primitivo é uma das grandes castas tintas do sul da Itália. Seus vinhos tendem a serem robustos, escuros, densos e intensos. Os aromas remetem às frutas negras passadas ou em geleia, especiarias e balsâmicos. Na boca, se mostra potente, alcoólico, de corpo médio para maior, com acidez alta e equilibrada. Os melhores vinhos podem envelhecer muito bem e as melhores denominações são: Primitivo de Manduria e Primitivo de Gioia.

A casta Aglianico, originária da Grécia, é considerada a melhor uva tinta do sul da Itália. Seus melhores vinhos podem rivalizar com os Brunellos, Barolos e Amarones. Essa casta se adaptou muito bem ao clima e solo da Campânia e Basilicata. Seu ciclo vegetativo é muito longo, amadurecendo tardiamente. Esse detalhe inviabiliza seu cultivo em regiões menos quentes e úmidas.

Quando bem feitos, também podem envelhecer muito bem e as melhores denominações são: Taurasi e Aglianico del Vulture.



Grandes Primitivos


http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Feudi di San Gregório;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Cantele;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Leone de Castris;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Felline;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif A Mano;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Masseria Pepe;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Pervini;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Pichierri;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Sava co-op;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Sinfarosa;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Torrevento.



Grandes Aglianicos


http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Feudi di San Gregório;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Mastroberadino;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Colli di Lapio;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Terredora di Paola;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Molettieri;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Caggiano;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif D'Antiche Terre;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif D'Angelo;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Galardi;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Montesole;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Paternoster;
http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif Sasso.



Confira os vinhos degustados pela Confraria dos Prazeres nesta reunião:


http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif 01 - Freudi di San Gregório - Primitivo di Manduria "Ognissole" 2005 (Puglia, Primitivo) - Preço de referência: R$ 89,00

http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif 02 - Cantele - "Amativo" 2003 (Puglia, Primitivo 60%, Negroamaro 40%) - Preço de referência: R$ 152,00

http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif 03 - Freudi di San Gregório - Rubrato Aglianico 2004 (Campânia, Anglianico) - Preço de referência: R$ 89,00

http://www.guiadovinho.com.br/pino.gif 04 – Freudi di San Gregório - Taurasi 2003 (Campânia, Aglianico) - Preço de referência: R$ 211,00
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Até a próxima degustação!

Texto de André Monteiro. Editado e publicado por Maicon F. Santos.