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Por Daniella Romano
Diante de uma carta extensa e variada, quem de nós já não se deparou com esta dúvida: que vinho deveria escolher? E pior que isto, qual não?
A escolha do vinho certo para combinar com o prato escolhido faz uma enorme diferença. E conhecer algumas regrinhas básicas, acredite: pode salvar o seu jantar!
Muitas vezes vamos a um restaurante e recebemos ajuda profissional do sommelier, satisfeitos com o resultado, decidimos repetir a experiência. Compramos o mesmo vinho, mas resolvemos trocar a receita do prato. Isto ás vezes nos causa uma grande decepção.
Harmonizar requer um pouco de lógica, uma análise cuidadosa do que será servido e tudo deve ser considerado: o peso do prato, do vinho, os molhos e condimentos, as gorduras e o tipo de refeição.
Como já diz o nome, há que se criar uma harmonia perfeita, equilibrada que realce as qualidades de cada item e principalmente corrija o que for preciso. A acidez, geralmente presente nos vinhos brancos mais jovens e em alguns tintos, é bem vinda nas harmonizações com comidas gordurosas, pois ajuda a limpar a boca e prepará-la para o próximo prato. Já os taninos presentes nos tintos ajudam a metabolizar melhor as proteínas das carnes. E uma dica:
é sempre bom lembrar que os vinhos regionais combinam muito bem com a culinária local.
Algumas regras:
- Carnes vermelhas com vinho tinto.
- Os peixes com vinhos brancos ou roses. A combinação com um tinto realçaria no prato um gosto metálico. Peixe e vinho tinto não combinam mesmo!
- Pratos leves pedem vinhos igualmente leves.
- Pratos muito estruturados ou condimentados precisam de um vinho potente.
- Pratos gordurosos (sabe aquela sensação na boca quando comemos um chocolate ou manteiga) precisam de um vinho com acidez ou um espumante para limpar a gordura.
- Pratos untuosos (sensação de boca lubrificada, um pouco oleosa) pedem vinhos como os tintos com taninos marcantes.
- Doces e sobremesas, o vinho deve ser sempre mais doce do que o doce.
Mas quando o assunto é massa o importante é prestar atenção aos molhos e recheios, veja algumas combinações:
1. Lasanha á bolonhesa x Vacqueyrais, Rhône (vinho tinto da região do Rhône-Fr., feito com as uvas Grenache e Syrah).
2. Penne ai funghi x Chianti Classico Riserva (vinho tinto da região da Toscana-It, produzidos principalmente com uvas Sangiovese)
3. Spaghetti al vongole x Viognier ( vinho branco muito perfumado que tem uma boa acidez)
4. Tagliarini al burro e sálvia x Prosecco ( espumante leve e seco)
5. Pizza de rúcula x Torrontés (branco, muito aromático, original da Argentina)
6. Pizza margheritta x Tempranillo (tinto , corpo médio uva típica da Espanha)
7. Pizza calabreza x Tannat (uva típica do Uruguai, faz um vinho encorpado)
8. Linguini ao sugo x Chianti ( vinho tinto da região da Toscana-It.)
Agora uma receita para você harmonizar em casa:
Spaghetti al vôngole.
Ingredientes:
1 pacote de spaghetti (500 grs)
1 kilo de vôngoles limpos
1 kilo de vôngoles com casca
1 garrafa de vinho branco seco
1 maço de alecrim
2 tomate bem maduros
Preparo:
Lave com uma escovinha os vôngoles com cascas e separe.
Tire as sementes dos tomates e pique á julienne (cubinhos bem pequenos)
Numa panela coloque os vôngoles com e sem casca, um raminho de alecrim, um copo de vinho branco, uma pitada de sal e os tomates picados. Deixe refogar um pouco até que as casquinhas dos vôngoles se abram, desligue e reserve.
Em outra panela ferva a água para cozinhar o spaghetti, deixe o tempo suficiente para ficar al dente.
Quando estiver pronto, jogue o molho de vôngole por cima, misture bem e sirva
imediatamente.