segunda-feira, 21 de novembro de 2011

HARMONIZAÇÃO VINHOS E MASSAS


Imagem: drpinna.com


Por Daniella Romano



Diante de uma carta extensa e variada, quem de nós já não se deparou com esta dúvida: que vinho deveria escolher? E pior que isto, qual não?



A escolha do vinho certo para combinar com o prato escolhido faz uma enorme diferença. E conhecer algumas regrinhas básicas, acredite: pode salvar o seu jantar!



Muitas vezes vamos a um restaurante e recebemos ajuda profissional do sommelier, satisfeitos com o resultado, decidimos repetir a experiência. Compramos o mesmo vinho, mas resolvemos trocar a receita do prato. Isto ás vezes nos causa uma grande decepção.



Harmonizar requer um pouco de lógica, uma análise cuidadosa do que será servido e tudo deve ser considerado: o peso do prato, do vinho, os molhos e condimentos, as gorduras e o tipo de refeição.



Como já diz o nome, há que se criar uma harmonia perfeita, equilibrada que realce as qualidades de cada item e principalmente corrija o que for preciso. A acidez, geralmente presente nos vinhos brancos mais jovens e em alguns tintos, é bem vinda nas harmonizações com comidas gordurosas, pois ajuda a limpar a boca e prepará-la para o próximo prato. Já os taninos presentes nos tintos ajudam a metabolizar melhor as proteínas das carnes. E uma dica:

é sempre bom lembrar que os vinhos regionais combinam muito bem com a culinária local.



Algumas regras:

- Carnes vermelhas com vinho tinto.

- Os peixes com vinhos brancos ou roses. A combinação com um tinto realçaria no prato um gosto metálico. Peixe e vinho tinto não combinam mesmo!

- Pratos leves pedem vinhos igualmente leves.

- Pratos muito estruturados ou condimentados precisam de um vinho potente.

- Pratos gordurosos (sabe aquela sensação na boca quando comemos um chocolate ou manteiga) precisam de um vinho com acidez ou um espumante para limpar a gordura.

- Pratos untuosos (sensação de boca lubrificada, um pouco oleosa) pedem vinhos como os tintos com taninos marcantes.

- Doces e sobremesas, o vinho deve ser sempre mais doce do que o doce.

Mas quando o assunto é massa o importante é prestar atenção aos molhos e recheios, veja algumas combinações:

1. Lasanha á bolonhesa x Vacqueyrais, Rhône (vinho tinto da região do Rhône-Fr., feito com as uvas Grenache e Syrah).

2. Penne ai funghi x Chianti Classico Riserva (vinho tinto da região da Toscana-It, produzidos principalmente com uvas Sangiovese)

3. Spaghetti al vongole x Viognier ( vinho branco muito perfumado que tem uma boa acidez)

4. Tagliarini al burro e sálvia x Prosecco ( espumante leve e seco)

5. Pizza de rúcula x Torrontés (branco, muito aromático, original da Argentina)

6. Pizza margheritta x Tempranillo (tinto , corpo médio uva típica da Espanha)

7. Pizza calabreza x Tannat (uva típica do Uruguai, faz um vinho encorpado)

8. Linguini ao sugo x Chianti ( vinho tinto da região da Toscana-It.)



Agora uma receita para você harmonizar em casa:



Spaghetti al vôngole.



Ingredientes:

1 pacote de spaghetti (500 grs)

1 kilo de vôngoles limpos

1 kilo de vôngoles com casca

1 garrafa de vinho branco seco

1 maço de alecrim

2 tomate bem maduros

Preparo:

Lave com uma escovinha os vôngoles com cascas e separe.

Tire as sementes dos tomates e pique á julienne (cubinhos bem pequenos)

Numa panela coloque os vôngoles com e sem casca, um raminho de alecrim, um copo de vinho branco, uma pitada de sal e os tomates picados. Deixe refogar um pouco até que as casquinhas dos vôngoles se abram, desligue e reserve.

Em outra panela ferva a água para cozinhar o spaghetti, deixe o tempo suficiente para ficar al dente.

Quando estiver pronto, jogue o molho de vôngole por cima, misture bem e sirva

imediatamente.

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